sábado, 17 de abril de 2010

Teh story.

Na aula de religião dessa semana, eu ouvi pela terceira vez uma certa historinha.
E ela me soou tão imbecil quanto das primeiras vezes.
Então eu decidi recontá-la do meu jeito retardado, já que ela já era estúpida desde o começo. =D
E assim será.

Os três conselhos

Um casal de jovens recém casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez uma proposta à esposa:
- Querida, eu vou sair de casa e vou viajar para bem distante, arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha condições de voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: que você me espere e, enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei fiel a você.
- Mas, mas... os donos do sítio já dizem que nossos serviços são ruins, como eu vou fazer pra me aguentar aqui sem você?
- EU NÃO SEI E NÃO QUERO SABER. PARE DE RECLAMAR DA VIDA, SUA INÚTIL, EU TÔ AQUI TENTANDO MELHORAR A NOSSA VIDA E VOCÊ AÍ ME APURRINHANDO COM SEUS PROBLEMINHAS. E ME TRAZ UMA CERVEJA DE UMA VEZ QUE EU VOU EMBORA.
Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, roubando os outros viajantes pra viver, até que um dia encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudar em sua fazenda.
Ele se ofereceu para trabalhar, e foi rejeitado por causa de sua cara de maconheiro. Então, ele propôs um pacto ao seu patrão:
- Faz assim. Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que eu devo ir embora o senhor me dispensa das minhas obrigações. Eu não recebo salário. Você deixa tudo numa poupança até eu sair daqui.
O fazendeiro ponderou um pouco e resolveu aceitar a proposta.
Assim, o jovem trabalhou por vinte anos, se alimentando ad mesma comida dos animais da fazenda, dormindo com as vacas, e sendo inútil até se lembrar que tinha uma esposa. Então ele foi procurar seu patrão.
- Patrão, estou voltando pra casa, quero meu dinheiro.
- Está bem, irei cumprir nosso acordo. Mas sabe, você não queria ouvir três conselhos meus em vez de receber o dinheiro?
- ...eu trabalhei feito um escravo nessa m**** de fazenda por vinte malditos anos. Por que p**** eu iria deixar de ganhar o meu maldito e merecido dinheiro?
- Que bom que você quis ouvir meus conselhos!!
- Eu não disse is--
- Muito sábio, você!!
- Me dá me--
- Ponto de exclamação!!
- q
- O 1º conselho é "nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida", o 2º é "nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade para o mal pode ser mortal", e o 3º é "nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais"!!
- Tanto faz, mas meu dinhe--
- Como você foi educado eu vou te dar três pães, dois para a sua viagem e mais um para você comer junto à sua família!!
- Como eu vou viver a uma viagem que leva uns vinte dias só com dois pães pra viver? E o meu--
- Seilátevira, somedaqui.
E os seguranças do fazendeiro jogaram o homem para fora da fazenda.
Jurando vingança, ele estava voltando pra casa quando ele encontrou outro viajante que o cumprimentou. O vianajante perguntou:
- Pra onde você vai?
- Pra um lugar muito distante, a vinte dias de caminhada por esta estrada.
- Bom homem, esse caminho é muito longo, conheço um atalho que te deixa no seu destino em dez vezes menos tempo.
- ...eu nem te disse pra onde eu ia. Como sabe que tem um atalho pra lá?
- ...sei lá. Mas leva dez vezes menos tempo.
Usando do senso comum lembrando do primeiro conselho, ele decidiu derrubar aquele viajante e ficar com seu dinheiro.
Alguns dias depois ele achou uma pensão e decidiu hospedar-se lá por uma noite. De madrugada, gritos horríveis ecoaram em seu quarto. Ele ia checar o que era, quando lembrou do segundo conselho. E ficou se perguntando porque ele estava sendo "útil" na mesma sequência em que o ouviu. Voltou a dormir.
No dia seguinte, o dono da pensão lhe disse, durante o café, que ele havia sido o único sobrevivente daquela naquele dia, pois um certo louco sempre aparecia naquela pensão à noite, gritando, e que matava todos que chegavam perto dele. E o homem perguntou:
- E por que diabos você não avisou isso de antemão?
- Ah, eu gosto de de testar a curiosidade dos meus clientes.
E o homem ficou encarando o dono da pensão por alguns minutos.
Deixando o cadáver do dono da pensão para trás, ele seguiu viagem.
Algum tempo depois, já tendo gasto todo o dinheiro que roubara de lá em sua viagem, ele chegou em casa.
Era tarde da noite, mas ele pode ver que sua esposa estava com um homem, sentada em seu colo e acariciando seus cabelos. Decidiu os matar naquela hora. Mas, lembrando que a vingança era um prato que se comia frio do terceiro conselho, ele decidiu dormir para pensar melhor de manhã.
Pela manhã, ele decidiu que ia matar todos eles mesmo assim.
Após uma cena muito emocionante na qual o homem descobriu que aquele que estava com sua mulher na verdade era seu filho, e que ele havia abandonado sua esposa grávida. Então, ele contou sua história. A família ia comer o último pão que sobrara ao homem que já tava velho e mofado, quando encontraram todo o dinheiro que do homem ao cortá-lo.
E assim, o filho herdou todo esse dinheiro depois que os pais morreram por intoxicação alimentar, insistindo que queriam comer aquele pão cheio de bolor.

Fim.





Eu achei bem emocionante. Só pra constar.

2 comentários:

Alexandre Melo disse...

Pão assasino \,,/
A historia ficou bem mais interessante quando contada por vc.

Arthur Dent disse...

Estou tentando abstrair uma moral dessa história. Talvez "não comerás pão mofado"